Ensinar = Transmitir conhecimentos a outros;
Educar = Promover o desenvolvimento total de alguém;
Reproduzir = Multiplicar o aprendizado.
Na dança, assim como em qualquer área, há a necessidade de que as pessoas desenvolvam-se em aspectos necessários à atividade que se deseja aprender. Tendo em vista muitas formas de se ministrar aulas e transmitir conhecimentos, torna-se necessário compreender o papel de quem está a frente para ensinar, educar ou multiplicar seus conhecimentos.
Infelizmente a reprodução é a forma mais usual de disseminação de conhecimentos, onde quem aprendeu determinado movimento, gesto ou técnica simplesmente passa adiante tais conhecimentos adquiridos sem analisá-los em todo o seu contexto.
Quando ensina-se, o conhecimento é transmitido de uma forma mais detalhada e técnica, oferecendo um desenvolvimento e aprimoramento específico para quem deseja aprender um conteúdo.
E, o educar já é uma forma mais detalhada de utilizar a reprodução e o ensinamento, para reflexão e aplicação de tudo o que foi desenvolvido e utilizá-los de forma consciente e que seja possível aperfeiçoá-los.
Alguns coreógrafos, principalmente, reproduzem o conteúdo que desenvolveram em sua prática pessoal e aplicam sua experiência junto à seus dançarinos. Já os que ensinam e educam levam vantagem sobre os demais porque o conhecimento e desenvolvimento baseia-se em aperfeiçoamento e estudo aprofundado sobre o que está sendo feito.
Nota-se a influência destas maneiras de transmitir conhecimentos nas atitudes dos dançarinos dos grupos de dança, ou seja, quando o dirigente (coreógrafo ou demais) só trabalha com reprodução, temos a manutenção da figura principal e dos secundários porque este possui a capacidade de aprendizado ou identificação ao estilo de coreógrafo, mais facilmente que os demais.
Já os grupos onde há ensinamentos, os participantes são aqueles que dominam a técnica de forma a aplicá-la quando solicitada. Quando o grupo troca técnicas, reconhece limitações e as supera sem comparações ou exclusões, torna-se uma unidade, onde cada um possui diferenças, mas trabalha em prol de um objetivo comum.
Defendo a aplicação das 3 formas,sendo cada uma aplicável em momentos específicos, mas para isso quem está a frente do grupo precisa democratizar pensamentos e atitudes, de forma a aplicar a teoria da união e respeito. E quem está no grupo deve participar ativamente, ouvir, pensar e falar com fundamentação para crescer e melhorar.