terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dança Urbana é Dança de Rua?

     É incontestável que o termo Dança de Rua surgiu nas escalas acadêmicas e por pessoas que tratavam a mesma como uma  dança sem técnica e por terem como referência a normatização do balé.   O termo acabou sendo a identificação de uma dança urbana recheada de códigos e símbolos que fazem referência às classes menos favorecidas socialmente, conhecido como Movimento Hip Hop.
     É inegável a necessidade de rótulos ou nomes que identifiquem determinados estilos de dança, assim como uma criança necessita de um nome para ser relacionada aquela imagem.
     Hoje percebemos que em muitos eventos, e em algumas universidades, utiliza-se do termo Dança Urbana como forma de identificação desta dança.   Novamente vemos os meios acadêmicos influenciando em uma cultura que nasceu nas ruas e comunidades, sendo normatizadas (ou pelo menos tentando) sem conhecimento real da estrutura da mesma.   Não há necessidade de menosprezar a influência dos meios, tidos como intelectuais e formais.   Mas também não se pode aceitar que se imponha algo sem estudo e reflexão, ou que haja embasamento em outras formas de dança como forma de normatização.
     Há realmente uma necessidade que a Dança de Rua tenha pontos em comum, independente da região.   Quando isto acontece há uma maior integração entre dançarinos e coreógrafos, alunos e professores e demais segmentos que se utilizam desta linguagem, tornando assim a comunicação mais eficiente.   Entende-se que muitos apaixonados e estudiosos da Dança de Rua sintam-se frustrados quando precisam trocar informações e experiências e não possuem pontos em comum (tanto nos aspectos históricos, nomenclaturas utilizadas e princípios técnicos básicos).
     Mas porque cobrar um rótulo muito abrangente na Dança de Rua?   Quando nos referimos as danças originárias dos centros urbanos e periferias próximas, não podemos descaracterizar nenhuma destas e colocá-las dentro de um mesmo invólucro e dizer que tudo é Dança Urbana, principalmente quando a imagem "vendida" aos leigos é a da Dança de Rua.
     O que dizer quanto à estilos de dança como Suingueira, Forró Eletrônico e Axé, que possuem características urbanas e não estão no mesmo contexto da Dança de Rua?   Cada qual tem tem suas músicas e formas características de dançar, então porque estão no mesmo "pacote" da Dança de Rua e sendo chamadas de Dança Urbana?  Lembrando que a imagem que divulgam da Dança Urbana é a da Dança de Rua...
     Pergunto: Nos grandes festivais de nosso país, na categoria Dança Urbana, a suingueira e o axé são considerados e julgados segundo suas características?   Estes serão julgados pela ótica da Dança de Rua, Dança Contemporânea ou Balé?   Até mesmo pergunto: Serão aceitos nos festivais?
     Mesmo eu sendo um apaixonado pela cultura de rua, em especial a Dança de Rua, e achar que que esta deve permitir indexação de elementos de outros estilos de dança, não considero justo estes estilos serem desprezados ou menosprezados em festivais de dança no Brasil, e não serem considerados por uma elite dita intelectual, como Dança Urbana.   Quem sabe não seria adequado dividir a Dança Urbana em sub-categorias (Dança de Rua, Axé, etc), inclusive podendo criar uma categoria especial para aqueles que desejam misturar estilos, como por exemplo: um pagode dançado com movimentos característicos de Dança de Rua.
     Definitivamente não acredito em pessoas que façam pesquisas de livros e internet (bem como de outros meios de informação e divulgação) e não tenham vivenciado ou se aprofundado em dança e cultura de rua,  possam se considerar gabaritados para dar um rótulo tão abrangente quanto o de Dança Urbana.    Assim como também não aceito que alguém com ampla experiência em Balé (por exemplo) possa afirmar que sem as técnicas que ele domina, não seria possível adquirir técnicas refinadas para um giro ou salto.   E infelizmente são estas pessoas que andam determinando que categoria a Dança de Rua se encaixa e como ela deve ser denominada, caso ingresse em um festival de grande porte, ou até mesmo na universidades.
     Concordo quando dizem que a Dança de Rua não deve ser tratada de uma maneira simplista e conservadora, mas também não deve ser considerada como manipulável e alterada para que seja compreendida por uma ótica acadêmica repleta de regras e conceitos outros que não as da referida dança em questão.
     Gostaria muito de ver os trabalhos de estudiosos e praticantes de Dança de Rua, sendo considerados nos estudos destes acadêmicos, sem precisar fazer algum tipo de ligação com outra forma de arte "aceitável" pelos estudiosos (já  que eles se negam a admitir ignorância).
     Quem sabe assim as pessoas possam perceber que a Dança Urbana jamais será Dança de Rua, mas a Dança de Rua será sempre considerada Dança Urbana, e assim possam serem aceitos os demais estilos de Dança Urbana no contexto geral da dança, sem falsos intelectualismos e conceitos medíocres.
     

domingo, 21 de agosto de 2011

Dança de Rua é Dança Popular ?

     Dança Popular é toda dança utilizada  de forma recreativa ou em cerimonial por uma determinada região ou comunidade, associadas a ocasiões especificas, como manifestação de uma cultura local e como resultado das experiências regionais passadas de geração em geração.
    Dança de Rua é a dança criada nos guetos norte-americanos e que se expandiu para o mundo, tendo como principal característica a manifestação da cultura negro e latino-americano nos Estados Unidos.
       Convém também definirmos o conceito de "Popular" para entendermos melhor a discussão proposta e pensarmos nos conceitos que estão sendo definidos e difundidos. Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa:  Popular é tudo aquilo relativo ao povo, que é do agrado do povo, que é usado ou comum entre o povo.
     Para começar, temos que tirar a idéia fixa de que somente as danças tidas como regionais, representam o universo das danças populares.  Como se pode ter notado, a dança popular é feita pelo povo e para o povo, representando culturas locais, história de uma região e tudo o que nele está inserido.  
      Na Dança de Rua quando inserido no contexto do Hip Hop, ou até mesmo, dentro de uma comunidade representando seus componentes, suas linguagens, gestos e maneira de ser e agir, tem a mesma definição de dança popular.   Não é porque foi criada em outra região que a Dança de Rua tem de ser a manifestação cultural desta. Ela pode representar muito mais que a história de uma comunidade específica, pode ser a ferramenta que esta comunidade utiliza e aplica à sua realidade e a transforma, seguindo seus preceitos e tradições, sem necessariamente ter de seguir regras e padrões americanos.   
       Desta forma a Dança de Rua acaba ficando em um "limbo" entre as danças consideradas "populares" porque não tem tradição e só representariam uma determinada cultura e entre as danças normatizadas, porque não tem as mesmas nomenclaturas e técnicas descritas em todas as regiões do planeta.
      Na atual conjuntura, podemos considerar a Dança de Rua uma Dança Popular sim, pelo fato de ser feita junto ao povo, ter regras e nomes variando de acordo com cada região e de também, em muitos casos, representar uma comunidade.  Para aceitar esta idéia como possível,  é só ver a definição de cada termo colocado no início deste texto que podemos ver nítidamente que a discussão aqui proposta não tem nenhum ponto absurdo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Estilizada)

       Neste estilo os movimentos são mais alongados e fortes, predominando braços e pequenos saltos e deslocamentos (muitas das vezes caminhando com movimentos de braços), formando figuras utilizando o posicionamento de seus componentes.  
     É comum ouvir hoje este estilo ser chamado de Free Style por permitir uma gama de movimentos dos mais variados estilos de dança.  
   Em suas músicas predominam efeitos especiais, coordenados com os movimentos amplos de membros e sincronizados, geralmente executados  em diversas direções.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Krump)

       Os movimentos do estilo Krump tem a percussão dos braços como principal característica sendo acompanhadas pelo tronco.   Todos são feitos de forma agressiva  assemelhando-se a movimentos de brigas e de desafios corporais dos dançarinos.           Com pequenos saltos, em sua maioria, o estilo exige muito da resistência muscular e cárdio-respiratória, uma vez que os movimentos são vigorosos com grande amplitude e contração simultaneamente.  
        Ainda, utiliza-se de grande preparação muscular para os gestos onde o corpo intercala entre um alongamento muscular e articular com uma contração de forma vigorosa ao término do gesto para gera um novo movimento alongado, e assim por diante.
   As pernas tem função de acrescentar a plasticidade do movimento, mas não são principais no movimento, considera-se como complemento ao gesto propriamente dito.
     Por exigir grande força muscular devido aos movimentos de quedas e saltos o dançarino deve se preparar muito bem no que diz respeito a força muscular, evitando assim lesões (principalmente nas articulações dos ombros e cotovelos).

terça-feira, 31 de maio de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Charme)

        O charme tem duas formas de se dançar: em grupo e em casal.  No primeiro, utilizam-se muito os movimentos de pés e pernas, em grande parte de suas coreografias, mas nota-se principalmente os movimentos ondulatórios do corpo, principalmente a partir da região dos quadris.  Pouco se usa movimento de braços e em geral os elementos do grupo estão posicionados lado a lado.
        Já na segunda forma, casal, utilizam-se muitos dos princípios da dança de salão.  Sendo a condução feita através das mãos do homem, onde este direciona a dama e através destes comandos faz com que a mesma execute giros, caminhadas e ondulações junto a este.  No charme de casal é predominante ondulações com o corpo tendo o encaixe (posicionamento) dos parceiros feito de forma que um pé sempre estará entre os do parceiro e estes sempre em deslizes quando juntos.  
       Por ser uma dança sensual e romântica há muito contato visual entre os parceiros e deslizes de mãos no corpo entre eles.  E uma dança considerada de sedução, por possuir muitos elementos comuns aos de casais quando em momentos quase íntimos (não confundir movimentos de sedução com movimentos eróticos e/ou pornográficos).  
       A principal característica dos movimentos de Charme são as ondulações corporais e giros (com ou sem perceiro), além de constantes contatos das mãos no corpo destes.  Mas para uma eficiente coreografia entre casais é preciso que estes tenham uma boa base de condução feita pelas mãos com mãos e mãos no corpo, evitando assim gestos grosseiros e desequilíbrios por não saber conduzir e ser conduzido.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Street Jazz)

     No Street Jazz os movimentos são alongados em grande parte da finalização de gestos longos, seguidos ou antecedidos de gestos curtos e vigorosos, mesclando-os o tempo todo.  
   Muitos confundem este estilo com balé moderno, dança moderna e outros termos onde o balé tem como influência técnica básica, porque utiliza-se muito a ponta dos pés para executar gestos de pernas extensos, bem como nos braços.
     Por ser um estilo com movimentos explosivos e alongados deve-se estar atento às articulações e aos músculos em geral para evitar as conhecidas lesões por estiramento.
      Grande parte dos movimentos são circulares e ondulatórios de grande escala terminando com um gesto abrupto no ritmo da música.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (B-Boy / B-Girl)

       O estilo B-Boy é o que podemos chamar de acrobatas da Dança de Rua.  A base dos movimentos, em grande parte, são as mãos de onde sustentam o corpo durante um movimento impulsionado pelas pernas.
      Os braços tem grande importância em muitos dos movimentos do dançarino do estilo B-Boy quando dos movimentos em que precisam saltar, já as pernas tem como princípios básicos: uma delas serve para impulsionar o corpo (quando apoiado com a(s) mão(s) no chão) e a outra dar a direção do movimento.
      O estilo precisa estar intimamente relacionado com um bom preparo muscular, principalmente na região do bíceps, tríceps, trapézio e dorsal.  Deve-se estar atento às artiulações do cotovelo, ombros, punho e joelhos pois são as mais exigidas nas rotinas de B-Boy.
        Existem duas vertentes de B-Boys, aqueles que fazem os movimentos dentro do ritmo da música e aqueles que fazem as manobras mais tecnicamente difíceis para superar o oponente sem a preocupação com o ritmo da música.  No primeiro caso é preciso uma atenção especial quanto à um bom aquecimento muscular e articular, para que não haja lesões, uma vez que coordenar o ritmo muscular o ritmo musical não é uma tarefa das mais fáceis...  Já no segundo caso é preciso estudar bem o movimento desejado e treinar repetidamente o movimento para que não aconteça um acidente pela falta de segurança ou por negligência.
      Infelizmente muitos dos dançarinos deste estilo não se aperfeiçoam quanto ao ritmo, ficando (em muitos casos) apenas rotinas de acrobatas da Dança de Rua.  Lembrando que os verdadeiros dançarinos de Break, possuem o ritmo incorporado na rotina porque sabem os outros dois estilos (Popping e Locking) que compõem o denominado BREAK.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Locking)

      Este estilo teve muita inspiração, principalmente,  nos gestos de mímicos e artistas de circo, por isto muitas das vezes parece cômico ou "desengonçado". 
     Todos os movimentos são vigorosos e exigem muito que as articulações estejam bem aquecidas, pois em muitos destes há uma parada brusca para novos movimentos e novas direções.
      Como o próprio nome sugere, os movimentos iniciam-se a partir de um "lock", ou seja, a articulação é movimentada até determinada amplitude e depois travada (lock) para gerar um novo movimento, e continua-se o movimento a partir daquela articulação para as demais subsequentes.   Bem  parecido (a nível de articulação) com o Popping, só que os gestos são mais fortes e rápidos com paradas bruscas e curtas e ao invés da articulação continuar com sua movimentação, esta é interrompida para gerar um novo movimento com outro segmento do corpo.
         Neste estilo há pouca movimentação de chão, mas nada impede que esta seja incluída em uma rotina ou coreografia. Só é preciso ter cuidado para manter a característica de travar a articulãção para que não se transforme em uma rotina de B-Boy/B-Girl.
        Os principais "locks" acontecem a nível de articulação de ombro, quadril e punho, que determinam a maioria dos gestos característicos do estilo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Popping)

     Este estilo derivou-se do Robot, e por ter o mesmo princípio deve-se ter em mente que os movimentos originam-se nas articulções.   O intuito do estilo é causar uma espécie de ilusão nas pessoas de que o corpo movimenta-se formando figuras em constante movimento e/ou de forma fracionada. 
      Os movimentos embora sejam na base articular, neste estilo o que mais importa é saber utilizar articulações próximas de forma segmentada, para dar a ilusão de ondas, membros quebrados (e restaurados em seguida) e mímicas gestuais.
       No Popping temos as ondulações feitas em articulações subsequentes, gestos bruscos que param repentinamente e adotam ondulações, caminhadas com aparentes desequilíbrios, passos ilusórios que perpassam uma idéia diferente ao observador (dentre estes destacam-se os "slides", que são passos com os pés deslizando no chão).
     Os movimentos acontecem em sua maioria em pé (poucos movimentos são executados no chão), possuem mudanças repentinas de direção e em grande parte são percutidos e em seguida conduzidos de forma suave. 
     Ainda, neste estilo deve-se treinar a elasticidade muscular e articular, pois, por se tratar de um estilo onde estes são muito exigidos (e demonstrados) estes devem estar treinados nesta qualidade física.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Conhecendo a base dos movimentos (Robot)

       O estilo Robot tem uma característica singular, pois além de ser um dos primeiros estilos de Dança de Rua conhecidos e divulgados, proporciona ao dançarino um bom conhecimento de suas articulações.
       Para ser um bom dançarino no estilo Robot é preciso estudar os movimentos que cada articulação proporciona aos membros do corpo.
        Os movimentos do estilo Robot não possuem ondulações e movimentos sinuosos, tem como característica principal uma rigidez muscular (através da contração do segmento muscular a ser movimentado), onde a base do movimento está localizada em cada articulação em separado.
        Os movimentos de cada articulação são executados de forma percutida ao ritmo da batida forte da música (geralmente eletrônica e com muitos sintetizadores de vozes e de instrumentos), em alguns momentos utiliza-se um leve "balançar" ao término do movimento.
      Por se limitar aos movimentos das articulações (isoladamente ou combinadas) e ainda podendo ser feito de forma rígida ou balanceada, o estilo não possui muitas variações de movimentos, cabendo ao dançarino saber combinar sequências diferenciadas para enriquecer a coreografia.
      O que é preciso sempre considerar quando se monta uma rotina neste estilo é que deve-se sempre ter em mente que os movimentos tem de representar o fundamento ao qual foi criado, ou seja, dar a ilusão de um robô ou de um boneco sem elasticidade e que possui os movimentos somente à nível de suas articulações, tendo ainda o seu equilíbrio derivado da combinação de movimentos articulares.
    Para a movimentação (deslocamento) do dançarino para qualquer direção utiliza-se a sequência de articulações coxo-femural, joelho e tornozelo para cada perna ou então através de slides (deslizes dos pés com os membros inferiores rígidos).

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Complemento explicativo (Ritmo)

Atendendo a pedidos feitos para que se faça um adendo ao texto anterior no que diz respeito as variáveis de ritmo.


O ritmo possui algumas variáveis importantes e que devem ser consideradas:

A) Velocidade ou Frequência: Tempo ou distância entre cada pulso (medido geralmente em Batimentos por Minuto - BPM).   Para se ter uma idéia exata do que vem a ser, conte quantas batidas fortes tem a música dentro o período de 1 minuto, a batida forte constante dentro de um espaço de tempo é conhecido como "beat" ou batida (principalmente na dança de rua e quem trabalha como DJ) e é ela quem determina a velocidade ou frequência de repetição dentro de um espaço de tempo;


B) Duração: Variação da velocidade (curta ou longa).  Neste caso é o tempo que dura esta batida mais forte, no caso das batidas curtas geralmente nota-se uma característica de marcação constante durante toda a música, já as tidas de longa duração tem características de fechamento de uma frase musical;


C) Intensidade: Pode ser baixa ou alta. Podemos entender este conceito pensando no volume que esta batida tem dentro da música.  Algumas músicas tem seu ritmo marcado não pelas batidas fortes mas pelas de baixa intensidade.


D) Altura: Muito ligado ao tom (Grave, Médio ou agudo), pois o ritmo pode estar caracterizado pelo tom que predomina na música.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ritmo


É comum ouvirmos alguém dizer que não tem ritmo ou que perdeu o ritmo, mas o que vem a ser exatamente Ritmo?   Segundo A. Lapierre: "O ritmo é uma estrutura repetida ciclicamente", com isto vemos algumas divisões, tais como:
1) Ritmo Biológico: Produzido pelo corpo em sua estrutura fisiológica;
2) Ritmo Cósmico:  Produzido por eventos naturais ou da natureza;
3) Ritmo Induzido: Produzido por ambiente externo e não há como evitar, como por exemplo, uma multidão entrando em um trem de metrô;
4) Ritmo Desencadeado: Produzido por fator externo imprevisto, como por exemplo, uma pessoa quando toma um susto;
5) Ritmo Técnico: Produzido através de movimentos corporais em sua totalidade de forma consciente.

O ritmo possui algumas variáveis importantes e que devem ser consideradas:
A) Velocidade ou Frequência: Tempo ou distância entre cada pulso (medido geralmente em Batimentos por Minuto - BPM);
B) Duração: Variação da velocidade (curta ou longa);
C) Intensidade: Pode ser baixa ou alta;
D) Altura: Muito ligado ao tom (Grave, Médio ou agudo).

Para entender melhor o que vem a ser ritmo é preciso conhecer os elementos que compõem uma música:
I) Melodia: Sequência de sons ritmicos composta de frases e períodos, onde a frase musical é composta de partes, com a mesma duração, e geralmente iguais, independente do número de notas contidas neste intervalo.  A esta divisão dá-se o nome de Compasso.
II) Harmonia: Combinação de som e melodia aliados ao ritmo e aos arranjos.  Temos como exemplo maior uma orquestra onde vários instrumentos combinados harmonicamente produzem uma melodia;
III) Ritmo: Dá ênfase à frase musical através de um marco forte, conhecido como  acentuação.  À esta acentuação temos a divisão de compassos que são:
       a) Binário: Composto de 2 tempos, sendo o primeiro forte e  segundo fraco;
       b) Ternário ou Terciário: Composto de 3 tempos, sendo o primeiro forte e os outros dois fracos;
       c) Quaternário: Composto de 4 tempos, sendo o primeiro e o terceiro fortes, o segundo e o quarto fracos.