Se analisarmos as qualidades físicas e estudarmos as técnicas de Dança de Rua, poderemos correlacioná-las facilmente. Quando o fazemos, tornamos a Dança de Rua e suas técnicas, mais facilmente aplicáveis a todos os níveis de dançarinos.
Primeiramente temos de entender que qualidades físicas devem ser aprimoradas por meio de exercícios, não apenas a repetição do gesto completo, ou seja, para chegar ao gesto (ou movimento) propriamente dito devemos preparar o corpo através de exercícios que contenham todas as etapas deste gesto. O maior erro (principalmente os dançarinos de B-Boy) é o de achar que para melhorar o gesto deve-se repetí-lo incansavelmente. Deve-se sim treiná-lo como objeto final dos exercícios, mas temos que fracionar o gesto e entender o que nele está envolvido.
Quando fazemos uma análise disto, estaremos percebendo as qualidades físicas nele envolvido, assim poderemos inclusive detectar falhas e melhorá-las. Portanto, um dançarino não deve ser considerado excelente somente porque executa um gesto extremamente difícil, mas pela facilidade com que este executa o mesmo, assim temos a perfeita noção da treinabilidade corporal que este tem quanto as qualidades físicas envolvidas no movimento.
Na Dança de Rua podemos perceber que cada qualidade física é ressaltada de acordo com o estilo, ao analisarmos tais qualidades poderemos treiná-las e torná-las cada vez mais eficientes dentro das coreografias (ou improvisações).
A qualidade física mais evidenciada nos estilos de Dança de Rua é a Coordenação Motora, devido a complexidade dos gestos envolvidos na mesma. Por isso, exercicios que trabalhem ambos os lados (lateralidade), que realizem gestos de intensidades diferentes em ritmos diferentes e de amplitudes diferentes, bem como exercícios com segmentos articulares sendo executados isolados, combinados e/ou sequenciais aprimoram tal qualidade física.