sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Livro: Gangues. Galeras. Chegados e Rappers

      O livro Gangues, galeras, chegados e rappers consiste em um estudo que tem a finalidade de analisar as formas emergentes de sociabilidade transgressora entre jovens nas cidades-satélites de Brasília: as gangues e galeras das cidades de periferia.
      Nesse sentido, traça o perfil dos jovens que vivem nas cidades de periferia do Plano Piloto nas áreas de atuação das gangues e galeras; caracteriza as atitudes desses jovens em relação às gangues e galeras, assim como à violência em geral e; analisa as representações sociais sobre a violência entre os jovens pertencentes a esses agrupamentos, assim como suas práticas e formas de sociabilidade.
       A pesquisa combina abordagens quantitativa e qualitativa, ou seja, questionários e entrevistas individuais e de grupo.
Como resultado, a pesquisa retrata, as "vozes" desses jovens, seus modos de organização, além de suas percepções sobre a violência e a exclusão social.
     Um dos aspectos enfatizados é o sentimento de exclusão experimentado por esses jovens. Em relação aos jovens do Plano Piloto, aqueles que vivem nas cidades-satélites sentem-se desprezados, humilhados - seja por sua aparência física e modo de se vestir, seja pela dificuldade de acesso a uma escola de qualidade, além das limitações impostas pelo mercado de trabalho em decorrênica da condição social deles.
       Dentro desse contexto, os jovens que escolhem pertencer a uma gangue afirmam estar em busca de um "lugar". A gangue é, portanto, percebida como uma espaço alternativo, uma esfera de relações nas quais eles são levados em conta, protegidos.
       Para esses jovens, o uso da violência é percebido como válido, desde que sejam respeitadas algumas regras (por exemplo, não roubar idosos, roubar dos mais ricos, entre outras). No entanto, é fundamental considerar que, para eles, a vida vale muito pouco e a avaliação do crime e dos seus limites depende das circunstâncias.   
     Não existe uma moral a priori: são as circunstâncias que determinam quem, onde e como se pode matar ou deixar de matar.
     Os rappers surgem como um contraponto às gangues. Eles fazem o som da juventude de periferia, denunciando e retratando, com palavras agressivas, o mundo em que vivem. Nesse sentido, o rap não é necessariamente uma apologia da violência - senão um retrato do mundo em que os jovens vivem.
      Na pesquisa, o  rap surge como um importante elemento de formação da identidade social da periferia do Distrito Federal, além de uma via que possibilita o afastamento dos jovens das gangues e da criminalidade.

Um comentário:

  1. QUERO APRENDER A FAZER STEET DANCE COM QUEM APRENDO
    MORO EM SÃO BERNARDO DO CAMPO

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