Primeiro romance de Toni C. envolve grande trabalho de pesquisa
sobre a cultura hip-hop e contextualiza partes importantes da história
junto a ficção.
O nome, por si, já desperta o interesse e
a brincadeira de cores – verde e amarelo – prometem um romance ao
melhor estilo tupiniquim.
Agitador cultural, autor e organizador
de outras obras, Toni C., ousa ao se apropriar do movimento/cultura
hip-hop como personagem principal de um romance, não ao estilo de Luiz
Puntel em “O grito do hip-hop” e em longe do gringo “O hip-hop e a
filosofia”, o escritor brasileiro traz para as 150 páginas do livro
muita filosofia e antropologia, numa análise pessoal e personificada por
um hip-hop que neste caso – e somente nesta sacada excepcional do autor
– ganha corpo e sentimentos.
A linguagem coloquial e as fotos de
personalidades da cultura no Brasil e também fora dele dão estilo ao
produto e mais charme à narrativa, feita em terceira pessoa e passeando
por personagens fictícios e reais, ou seriam reais e fictícios?
A resposta fica por conta de quem lê, se
é que isso é possível. Um incômodo acompanha o leitor da primeira a
última página do romance.
Sugestivo, provocante e esclarecedor. O livro também pode ser descrito
desta maneira. Com elementos saudosistas, Toni C., mescla passado e
futuro numa consciência coletiva e não poupa quem lê.
Retirado do blog de Jéssica Balbino (autora do Livro: Hip Hop, a cultura marginal)
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