Coordenado por William Irwin e com a coletânra de textos organizada por Derrick Darby e Tommie Shelby, o ivro não procura simplesmente situar
fundamentos filosóficos na cultura Hip Hop, como se ela precisasse
disso. Ao contrário, discute letras, atitudes exitenciais,
comportamentos, modalidades de ativismo e resistência política. O livro
discute a violência da polícia contra os negros, comportamentos sexuais,
papel da mulher etc. Lamentável que não haja, por parte dos editores
brasileiros, qualquer referência ao movimento Hip Hop no Brasil.
O Hip Hop é um gênero musical incompreendido por muitas pessoas.
Recentemente, tem sido associado ao estilo ostensivo dos cantores de
rap, que exibem seus carrões e correntes de ouro, ou ainda, a músicas
depreciativas, principalmente em relação às mulheres.
No entanto, poucos sabem que o Hip Hop tem suas raízes fixadas em uma
forte ideologia de emancipação dos negros e na redução da desigualdade
social decorrente do preconceito racial.
Essa disparidade fez com que os autores Derrick Darby e Tommie Shelby
examinassem mais detalhadamente esse gênero musical e, baseados em seus
conhecimentos filosóficos, produzissem este livro, com o intuito de mostrar que, mesmo com a popularização do Hip
Hop, ainda é possível extrair muito de sua essência africana e de seu
conteúdo contestador.
Por isso, este livro não é interessante apenas para aqueles que apreciam
o Hip Hop, pois ele também ampliará seu conhecimento com relação a uma
comunidade específica, e, por meio das analogias com filósofos como
Nietzsche, Platão, Hobbes, Mill, entre outros, você irá se deparar com
posições às vezes antagônicas, porém consistentes, sobre o comportamento
do ser humano independentemente da sua raça.
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